Questionando Estigmas

Afinal, o que significa sexualidade. Contamos tudo!

Kira
9 Mar, 2023
4 min. de leitura
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Será que você já ouviu falar sobre identidade de gênero e orientação sexual? Nós te contamos a diferença entre gênero e sexualidade. Vem saber mais!

Se você já se questionou sobre o que é sexualidade, não se preocupe, você não está sozinha. O tema é complexo mesmo. Aliás, é tão complexo que existem diversos livros, artigos e teses acadêmicas explorando as diferentes formas de entendê-la. O mesmo pode se dizer sobre identidade de gênero.

 

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) uniu especialistas para criar uma definição sobre sexualidade, o que é um primeiro passo essencial para se aprofundar melhor sobre o tema. Vem saber o que eles disseram e por que é tão importante falar sobre isso.

 

Afinal, o que significa sexualidade?

A sexualidade, segundo a OMS, "é um aspecto central do ser humano durante toda a sua vida, e abrange o sexo, as identidades e os papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução".

 

A definição não para por aí! Ainda segundo a OMS, "a sexualidade é experimentada e expressada nos pensamentos, nas fantasias, nos desejos, na opinião, nas atitudes, nos valores, nos comportamentos, nas práticas, nos papéis e nos relacionamentos".

 

Embora a sexualidade possa incluir todas essas dimensões, nem todas são sempre experimentadas ou expressadas. A OMS completa: "A sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais." Achou complicado?

 

Bom, vamos explicar isso tudo um pouco melhor 😉

 

O que significa sexualidade?

Agora, em português mais simples: a sexualidade é tudo que toca o assunto do sexo na vida de alguém. Desde a parte física, passando pela cultural, emocional, psicológica e até social! 

 

Ela passa por praticamente todos os aspectos da vida dos seres humanos. Afinal, todos nós viemos de uma prática sexual, que nos gerou. Então, sexo é um assunto para toda a sociedade – e justamente por isso não pode ser tratado como um estigma.

 

Essa noção de sexualidade também é importante para entendermos que o sexo não é só um evento físico, uma identidade de gênero ou resultado de um instinto. A sexualidade é construída de acordo com as vivências e a cultura, e é muito mais do que o que acontece com os corpos das pessoas.

 

Tipos de sexualidade e moral sexual

Por muito tempo, nós, como sociedade, entendemos o sexo como um fenômeno físico que existia unicamente para garantir a reprodução da nossa espécie. Apesar de isso ser verdade para os animais, não chega nem perto do que é a sexualidade para os seres humanos.

 

A consciência de existir do ser humano transforma tudo o que parecia ser puramente instintivo, inclusive o sexo, fazendo dele também um evento cultural, uma questão emocional. O prazer do ser humano transformou o instinto de reprodução, e os seres humanos não fazem sexo unicamente para engravidar e ter filhos.

 

As mulheres sabem bem do que estamos falando. Sexo é algo tão cultural que nos oprime há milhares de anos. O movimento feminista luta há décadas para que as mulheres sejam livres sexualmente: livres para desejar, para existir, para se posicionar e para aproveitar de sua sexualidade sem se submeter aos homens.

 

Por muito tempo, foi normal o homem poder tudo e a mulher passar a vida sem dar atenção aos seus próprios desejos. Ela foi levada a crer que precisava ser virgem e não falar ou aproveitar o sexo. Sentir prazer? Nem pensar! Felizmente isso começou a mudar e as mulheres estão se empoderando cada vez mais. E o sexo, aos poucos, deixa de ser um estigma.

 

Por tudo isso, vale ressaltar, quando você ver alguém argumentando contra a educação sexual nas escolas, dizendo que tem como objetivo “ensinar alunos a transar”, já sabe: é preciso rebater que esse assunto vai muito além de sexo, e engloba tudo o que tange a sociedade, sendo, inclusive questão de saúde pública e de segurança.

 

O que é orientação sexual?

Tudo isso para dizer que os tipos de sexualidade são aqueles que as pessoas constroem. As orientações sexuais são parte do universo da sexualidade, mas não são "a sexualidade" em si.

 

Para simplificar: a orientação sexual refere-se à direção ou à inclinação do desejo afetivo e erótico de cada pessoa. E preste atenção: “opção” sexual não existe, viu? Ninguém escolhe sentir desejo ou atração por ninguém.

 

Quando se fala em orientação, entram nessa categoria os heterossexuais, homossexuais, bissexuais e demissexuais, apenas para citar alguns. Isso porque as definições nunca vão parar de ser criadas, porque a sexualidade é tão diversa quanto a experiência humana.

 

Atualmente, algumas pessoas se declaram assexuais – o que significa que não possuem uma sexualidade que as impulsiona a querer relações sexuais com outras pessoas, e isso também é um tipo de sexualidade

 

Não existe uma "lista fixa" das sexualidades possíveis, e isso é ótimo. Por isso as letras da sigla LGBTQIAPN+ não param de crescer!

 

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O que é identidade de gênero

Aqui, entramos em outra fatia dessa “grande pizza” que é a sexualidade. A identidade de gênero muitas vezes é confundida com a orientação sexual, que já explicamos. Mas são coisas completamente diferentes. 

 

A identidade de gênero diz respeito a como o indivíduo se relaciona com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer. Explicamos: eu sou uma pessoa que nasceu com vagina e, por essa razão, fui identificada como sendo do gênero feminino. Como eu me identifico com isso e me reconheço como mulher, sou uma mulher cisgênera

 

No entanto, isso pode não acontecer. Se alguém não se identifica com o gênero que lhe foi designado ao nascer, considerando o seu sexo biológico, trata-se de uma pessoa transgênera ou, simplesmente, trans.

 

E isso não tem a ver com orientação sexual, simplesmente porque o fato de alguém ser cis ou trans não determina por qual (ou quais) gêneros essa pessoa sentirá atração. Não é tão difícil entender, concorda?

 

Saber falar sobre sexualidade e poder refletir e falar livremente sobre ela é um direito seu e, por isso, não deixe este tema virar um estigma na sua vida. Esteja sempre disposta a aprender mais, ler sobre isso, e questionar os moldes sexuais que qualquer pessoa ou instituição tentar impor sobre você.

 

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.